terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Obras dentro dos cemitérios estão suspensas


Na última segunda-feira, 21, algumas medidas de organização foram implementadas nos cemitérios da capital. Uma delas é o controle de entrada de pessoas, para identificar e verificar o motivo da ida ao local. Outra medida do diretor de Departamentos de Logradouros e Cemitérios, Iran Marinho, é a não autorização de realização de novas obras dentro dos cemitérios.
Macapá possui três cemitérios - Nossa Senhora da Conceição (centro), São José (Santa Rita) e o São Francisco de Assis (BR 156), que juntos somam aproximadamente 36.815 túmulos. O maior é o cemitério São José, com 18 mil túmulos.
“Dentro destes locais vem ocorrendo um verdadeiro comércio informal. São zeladores de mausoléus, pedreiros e ajudantes de pedreiros. Mas o problema está no acumulo de lixo deixado por esses trabalhadores, nos restos de obras, entre outros entulhos. Isso causa transtornos e não existe nenhum controle de entrada dessas pessoas”, afirma Iran Marinho.
Em reunião com algumas dessas pessoas, o diretor comunicou que somente as obras já autorizadas, com data até 18 de fevereiro, poderão ser realizadas. Novas obras só serão permitidas após a retirada dos entulhos de dentro dos cemitérios.
 Também foi comunicado que a responsabilidade por esses entulhos, a partir de então, será da pessoa que está realizando o serviço e do contratante. O diretor enfatizou que é proibido jogar restos de obras dentro e no entorno dos cemitérios.
A secretaria de Manutenção Urbanística (Semur) estuda a possibilidade de credenciar esses trabalhadores, como forma de controlar o fluxo de pessoas dentro dos cemitérios. Cerca de 60 famílias atuam no serviço informal, somente no cemitério São José.
“Não queremos impedir a entrada dos trabalhadores, queremos somente organizá-los e credenciá-los, para que os serviços sejam garantidos e bem feitos.”, disse Iran Marinho.
Ainda segundo o Diretor será marcada reunião com donos de funerárias, para que sejam acertados os horários de sepultamentos, pois devido à quantidade reduzida de coveiros (apenas três por turno), há situações em que famílias têm de esperar um sepultamento terminar para dar início a outro.
Ainda esta semana ocorrerá a ação de limpeza dos cemitérios, com equipe de capina e retirada de entulhos.

Aline Brito - Asscom Semur

Prefeitura garante pagamento em dia aos vigilantes e negocia quitação de débitos de 2012


Em reunião com os representantes da empresa de vigilância LMS, na noite da segunda-feira, 21, e nesta terça, 22, com a comissão dos vigilantes, a Prefeitura Municipal de Macapá (PMM) confirmou o pagamento dos funcionários referente ao mês de janeiro. Gestores analisam a melhor forma de quitar a dívida pendente, referente aos meses de setembro a dezembro de 2012. O repasse mensal efetuado à empresa é de R$ 1,4 milhão.
Atualmente a Prefeitura possui uma dívida herdada da gestão anterior no valor de R$ 105 milhões, apenas com fornecedores de serviços. Somente com a LMS, o débito supera os R$ 4,9 milhões. O montante das dívidas, até o momento levantado, chega a quase 50% de todo orçamento anual da Prefeitura, que é de R$ 527 milhões. Os prejuízos podem crescer muito mais, pois ainda estão sendo contabilizados em todos os setores.

Foto: ASSCOM PMM

Dívida com vigilantes
Do contrato com a LMS são 436 vigilantes com salários atrasados desde outubro do ano passado. Eles estão distribuídos em postos de serviços na Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), Secretaria Municipal de Administração (Semad) e na Secretaria Municipal de Educação (Semed). A Prefeitura já garantiu a quitação do mês de janeiro e de que salário será honrado em dia nesta gestão.
A certeza veio dos secretários de Finanças, Paulo Mendes; da Administração, Franco Aurélio; do secretário do gabinete, German Loo Li e; da controladora do município, Nair Mota, durante a reunião desta terça-feira, 22. Paulo Mendes afirmou que até a próxima segunda-feira, 28, a Prefeitura terá uma proposta para quitar os salários atrasados. A conversa entre gestores e comissão apontou para uma proposta preliminar de pagamento parcelado.

Posição dos vigilantes
A comissão dos vigilantes, composta por seis pessoas e presidida por Marcos Ubiratan, disse compreender as limitações da prefeitura, mas pediu atenção especial ao caso, visto que inúmeras famílias estão passando por dificuldades. Para se manterem durante os últimos meses, os trabalhadores contraíram dívidas com empréstimos em bancos ou de amigos e familiares, além de terem despesas fixas e as de início de ano, como matriculas dos filhos, compra de materiais escolares, IPVA, parcelas em lojas, dentre outros. Eles lamentaram a situação deixada pela antiga gestão.
“Se nossos proventos caírem no banco nós não receberemos nada, pois está tudo comprometido. Meu Deus! É um direito nosso que a gestão passada não honrou. Foi um período de truculência, brigas,v divergências, que resultou em fatos extremos, mas nada foi resolvido. Temos confiança que podemos contar com a coerência desta nova gestão, a abertura desta mesa de discussão já é um caminho”, desabafou Marcos Ubiratan.
Ao que o secretário Paulo Mendes afirmou: “A Prefeitura vai pagar em dia os contratos deste ano. O mês de janeiro será pago dia 10 de fevereiro. O que ficou de dívida com fornecedores, os pagamentos serão realizados, no entanto vamos ver a legalidade, preço de mercado, entre outros pontos do contrato. Ontem (21) nos reunimos com o proprietário e o advogado da empresa LMS, que nos apresentaram os dados da empresa e que iremos analisar”.

Cofre no vermelho
Vários fornecedores deixaram de ser pagos. Eles vão desde a prestação de serviço de vigilância até o fornecimento de materiais básicos de escritório, como lápis, caneta, e papel.
Com os cofres do município no vermelho e débitos em ordem crescente, a Prefeitura espera amenizar as contas a partir da abertura do orçamento municipal de 2013, prevista para março, e com a arrecadação tributária, na ordem de 61 milhões/ano. Será quando as dívidas serão negociadas com cada empresa, de forma a restabelecer os serviços à população adequadamente, com prioridade para honrar os salários dos trabalhadores.
O secretário Municipal da Administração, Franco Aurélio, finalizou a reunião, ressaltando a postura da atual gestão. “O prefeito Clécio Luís tem compromisso com a dignidade de vida de cada trabalhador. Por isso nossa relação com a classe sempre será de confiança, respeito e cumprimento de acordos. Até a segunda, 28, vamos sentar novamente e ver o melhor caminho para sanar essa dívida”.

Por Rita Torrinha – Asscom PMM

Levantamento mostra vazio patrimonial na Fundação Municipal de Cultura


O prédio histórico que abrigou a Residência Oficial dos prefeitos até a década de 70, e hoje é sede de um órgão da cultura, mostra sinais de total abandono. Este é o diagnóstico feito pela nova gestão da Fundação Municipal de Cultura (Fumcult) durante levantamento patrimonial estrutural das instalações do prédio.
Além de problemas detectados na estrutura do prédio, o sumiço de dez computadores comprados com verba Federal para a implantação de um projeto de inclusão digital (Telecentro), e o fato de 90% dos itens apresentados em relatório de bens não aparecerem na contagem, chamam a atenção. Foram encontrados boletins de ocorrência de roubos registrados nas polícias Civil e Federal pela administração antecessora.
"O vazio material que encontramos aqui impressiona. É como se a cultura houvesse dormido por anos, sem a devida atenção da prefeitura", constatou a diretora presidente, Márcia Corrêa.
Segundo relatos de funcionários, o prédio que abriga a Fumcult nunca passou por reforma, apenas pequenos reparos e pintura. Não há salas suficientes para abrigar todos os setores e as condições estruturais estão deterioradas.
Os servidores se sentem desmotivamos e desvalorizados para trabalhar. "O ambiente de trabalho é importante para o desempenho das pessoas. Não pode ser soturno e com sinais de abandono como o que encontramos aqui", disse Márcia Corrêa.
Há uma biblioteca na instituição, mas poucas pessoas sabem de sua existência. Com instalações tímidas, inseguras e inadequadas, a biblioteca não recebe renovação de acervo, a não ser por raras doações individuais. A mesa principal do ambiente não tem pernas e é amparada por cadeiras.
Toda a memória administrativa da extinta Coordenadoria de Cultura, hoje Fundação, está guardada em um arquivo improvisado, debaixo de uma escada. Há muito papel entulhado em pastas em meio à poeira e mofo. A atual gestão fará um mutirão para organizar os documentos e, em seguida, solicitará a contratação de uma empresa para digitalizar todo o material.
Não existem telefones fixos no prédio, o que atrapalha a comunicação com os outros órgãos, obrigando os funcionários a utilizarem seus telefones pessoais.
O único veículo da Fundação é uma Kombi, deixada em uma oficina da cidade para conserto há três anos, mas sem pagamento. Além dessa dívida, há outras, como o pagamento de uma empresa de dedetização e a última parcela do pagamento de artistas que participaram do “Macapá Verão 2012”. Um total de R$ 165.915,00 em dívidas, que estão sendo auditadas pelo município.
Preocupante também é a situação da Escola de Música Arthur Amilar Brenha, que está com suas atividades paralisadas por mais de quatro anos. O prédio da escola está deteriorado e cheio de fezes e urina de animais, tornando a permanência no local insuportável.
Márcia Corrêa levou até o local uma equipe da Secretaria Municipal de Obras para pedir providências. "Existe um projeto de reforma pronto na Semob. Vamos trabalhar junto ao prefeito Clécio para executá-lo", finaliza a Coordenadora da Fundação.

Por Carolina Pessoa - Asscom Fumcult