Em novembro de 2009, numa
consulta rotineira com a minha ginecologista, durante o momento em que ela me
examinava, ela notou uma diferença no meu seio esquerdo. Achou um nódulo e
pediu para eu fazer uma ultrassonografia mamária. Mas médica, com toda sua
sutiliza, procurou me acalmar dizendo que isso poderia ser hormonal.
Até aí tudo normal. Com as
festas de fim de ano e férias de alguns médicos que conheço, consegui fazer o
exame só no inicio de 2010, e realmente estava lá, na minha mama esquerda, um
nódulo sólido. Fiquei assustada e dei um jeito de ir logo a um mastologista.
O primeiro mastologista que
me consultei, o qual não gosto nem de lembrar o nome da figura, fez um circo em
relação ao meu estado. Pensei que estava em fase terminal. Recomendou uma
cirurgia de urgência. Cobrou-me um valor que na época eu não podia pagar e
ainda fez uma série de objeções dizendo que eu NÃO poderia mais beber: café,
achocolatado, chá e bebidas alcoólicas. Proibiu-me também de comer camarão,
carne bovina e suína. Simplesmente eu não iria mais viver, e sim vegetar.
Anotou, em papel timbrado,
os valores da cirurgia e com quem eu deveria falar sobre isso no Hospital São
Camilo.
Saí da consulta
transtornada, deprimida e pensando de que forma eu poderia arrumar aquele
dinheiro para fazer a cirurgia.
Não tendo dinheiro,
consegui, depois de algum tempo, que a cirurgia fosse feita pelo hospital
geral. Porém, eu precisava do pedido médico. Um único papel. Esse “doutor”, que
também atende pela rede pública, negou em me dá o pedido de cirurgia, me
tratando mal pra caramba e ainda ressaltou que quem marca a cirurgia é ele e
não a SESA e que seu eu quisesse o pedido eu teria que fazer outra consulta com
ele.
Saí do consultório dele com
tanta raiva, mais com tanta raiva, que roguei as sete pragas do Egito nele.
Portanto, quando a minha cabeça esfriou, decidir voltar para o hospital e
marquei outra consulta com outro mastologista.
Com o outro médico, ele fez
um exame chamado pulsão mamária, o qual o resultado sairia depois de 30 dias,
mas se falando do setor público, aumenta mais pra 60 dias. Entretanto, toda
via, contudo, ele me disse que eu poderia levar uma vida normal. Quando
perguntei sobre uma cirurgia, ele me disse que não era necessário.
Como assim não é necessário?
Ele me explicou que esse tipo de nódulo é comum, porém pode nascer mais, mas se
eu fizesse uma cirurgia naquele momento, ia ganhar uma cicatriz sem
necessidade. E ainda ressaltou que se fosse uma irmã dele, não recomendaria a cirurgia.
Esperei o resultado do
exame, quando eu vi, deu material insuficiente. Pow, senti uma dor pra nada? E
lá vou para o hospital marcar outra consulta para fazer um novo exame. Só que
não conseguir marcar com o mesmo médico e me indicaram outra mastologista, a
doutora Leda.
Chegando lá, eu vi o quanto
ela é amorosa e carinhosa. E ao recepcionar o paciente, ela com seu jeitinho,
já procura acalmar o coração da gente. Fez a mesma recomendação que o médico
anterior: nada de cirurgia.
Porém, através do pedido da
doutora Leda, fiz outro exame chamado Cori Biopse Mamária. Um negócio que
assusta, mas não dói, pois tem uma pequena anestesia local. É feito com uma
pistola. Dá um medo, dói bem menos que depilação.
E o resultado saiu. O nome
do nódulo é fibroadenoma.
Nome esquisito, mas não
precisam se assustar, pois não tinha presença de malignidade.
Com isso, levo a minha vida
normal, fazendo exames semestrais.
Agradeço primeiramente a
Deus, agradeço a minha ginecologista, Sandra Regina, que com sua percepção,
detectou algo diferente.
Agradeço também a doutora
Leda, pelo carinho e atenção, que até por mensagem direta no twitter, sempre se
mostra dedicada, e o outro médico, que se chama Antônio Sérgio, também sou grata
por sua atenção e profissionalismo no que faz.
Mas o que eu queria
ressaltar aqui, é que não custa nada ouvir uma segunda ou terceira opinião.
Aí vocês me perguntam: você
não fazia o toque de mama? Fazia e faço, mas essas coisas se confundem com as
glândulas mamárias. Então muita atenção nessa hora.
O que é fibroadenoma? É um
tipo de nódulo benigno que é muito comum em adolescentes e mulheres em torno
dos 20 anos. É um aumento do lóbulo da mama. Estes caroços podem ter todo o
tipo de forma e tamanho, desde pequenos como uma ervilha até grandes como um
limão.
Poxa, Alessandra. Nem imagino o terror que você deve ter sentido - e sofrido. Infelizmente ainda nos deparamos com muitos médicos ridículos como foi o que primeiro lhe atendeu. Te desejo toda saúde do Mundo! Graças a Deus você caiu em mãos certas. A Dra. Leda é simplesmente maravilhosa. Sou paciente dela há uns 4 ou 5 anos e ela, realmente, é muito amorosa. Como você bem disse, a recepção dela logo quebra qualquer tensão que estejamos sentindo. É unânime esse amor que nós mulheres sentimos em relação ao atendimento dela. Fique com Deus. Abração e bom dia.
ResponderExcluirValeu amiga. Queria alertar mesmo para os médicos picaretas e para a importância do auto-exame de mama.
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