Hoje, Gilson Lima da Silva, meu pai, completaria 62
anos de idade. Faleceu no ano passado no dia 08 de junho. Trabalhador, honesto,
impaciente e brigão, ele era dono de uma personalidade forte. De touro, cabeça
dura. Mas era dono de uma gargalhada contagiosa. Boêmio e mulherengo. Meu velho
me faz falta. Aprendi muita coisa com ele, e procuro colocar no meu cotidiano
cada parte desse aprendizado.
Lembro que quando a gente pegava estrada, no toca
fita rolava de tudo, principalmente Roberta Miranda (por isso o título do
texto, fazendo referência a uma música dela).
Achava lindo a sua agilidade com a máquina de
datilografar.
E quando era criança, abusava por ser a primeira
filha, pedindo para que ele tocasse no violão O Pato, de, Vinícius de Moraes (Lá
vem o Pato / Pata aqui, pata acolá / Lá vem o Pato/ Para ver o que é que há),
logo em seguida vinha Fio de Cabelo, de Chitãozinho & Xororó.
Também me lembro de quando ele me carregava pelos
ombros. Quando ele me ensinava a empinar pipa. Quando a gente brincava na rua
de tacobol, éramos craques.
Eu morria de medo de levar uma bronca dele. O olhar
dele já era acusador. Não sabia fingir quando não gostava de uma situação.
Aqui eu deixo a minha pequena e singela homenagem ao
homem mais batalhador que eu conheci na minha vida.
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