sexta-feira, 4 de maio de 2012

A simplicidade de Almir Sater


 Com a voz suave, de um sertanejo simples, só de escutar as músicas de Almir Sater dá vontade de morar em uma casa simplória, no campo, com fogão a lenha e tudo. Ele mexe com os nossos corações, faz a gente amara a natureza. De metropolitana viraria até uma interiorana. Às vezes boa música não precisa de muitos instrumentos. Uma viola, uma voz firme já faz você rever os seus conceitos.
Para fugir da solidão da cidade grande, o músico buscou amparo na viola, 
instrumento no qual é especialista (Foto: Divulgação)
E toda vez que escuto Almir Sater me lembro do meu querido pai. Só as boas lembranças do meu velho. Lembro de parte da minha adolescência quando morava em Campo Grande (MS), e ficava tomando tererê e nos feriados ia pra Aquidauana (interior de MS).
Mas chega de falar da minha vida e vamos voltar a falar de Almir Sater.
Segue abaixo uma matéria do Diário de Sorocaba falando da simplicidade desse homem.

Nascido no ano de 1956 em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, Almir Sater só teve contato com a cidade grande muitos anos depois, quando, já adulto, foi para o Rio de Janeiro estudar Direito na Faculdade "Cândido Mendes".Em menos de três anos, descobriu que, definitivamente não seria advogado. Na solidão que a cidade grande lhe impôs, descobriu na viola sua grande amiga e companheira, dedicando-se completamente ao instrumento.
Um dia, por acaso, passando pelo Largo do Machado, reduto nordestino do Rio de Janeiro, Almir, ao ouvir as duplas regionalistas que se apresentavam, percebeu o que realmente importava na sua vida; não teve outra atitude a não ser voltar para Campo Grande.
O contato com a gente da terra favoreceu a pesquisa de novos ritmos e sons da viola. Almir tornou-se um dos responsáveis pelo resgate da viola de dez cordas, mais conhecida como viola caipira, base de criação da música raiz. Suas composições refletem o popular e o erudito de maneira ímpar, como jamais se ouviu na MPB.
Em 1988, a crítica, na sua unanimidade, escolheu Almir para participar do Free Jazz Festival, juntamente com grandes nomes da música mundial. O sucesso foi tamanho que Almir abriu o evento no Rio de Janeiro no ano seguinte. Daí para Nashville (EUA), onde a música country impera, foi um passo. A liberdade de ação junto aos músicos americanos foi rapidamente absorvida, o que resultou no LP "Rasta Bonito", onde se percebe a mistura de sons sem perder a integridade do instrumentista.
ARTISTA RECONHECIDO - Almir ganhou dois prêmios Sharp, com as canções "Moura" e "Tocando em Frente", gravada por Maria Bethânia. Em 1990, seu desempenho na novela "Pantanal", da Rede Manchete, fez aumentar a publicidade em torno do já reconhecido músico Almir Sater. O grande sucesso o fez voltar à telinha em 1991, como protagonista da novela "Ana Raio e Zé Trovão".

Em 1996, estrelou com o personagem Pirilampo, ao lado de Antônio Fagundes, a novela global "O Rei do Gado", convidado pelo próprio autor, Benedito Rui Barbosa.
Em 2006, Almir Sater lançou o CD "7 Sinais", e fez parte do elenco da novela "Bicho do Mato", na Record.

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