segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Amapá não detecta desmate


Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil


A Amazônia perdeu uma área de 253,8 quilômetros quadrados (km²) de floresta em setembro, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram registrados 448 km² de desmate, houve queda de 43%. Na comparação com o mês de agosto, entretanto, quando foram contabilizados 164 km² de derrubadas, houve aumento da área desmatada.
O estado onde foram registrados mais desmatamentos, em setembro, foi Mato Grosso, com 110 km². Em seguida está o estado de Rondônia, com 49,88 km² e em terceiro, o Pará, com 46,94 km². O estado onde houve o menor registro de desmatamento foi Tocantins, com 2,24 km². No estado do Amapá não foi detectado desmate.    
Segundo o Inpe, apenas 5% da região não foram monitoradas por causa das nuvens.
Fazem parte da região da Amazônia Legal os estados do Acre, Amapá, Amazonas, de Mato Grosso, do Pará, de Rondônia, Roraima e do Tocantins, além de parte do estado do Maranhão.

sábado, 29 de outubro de 2011

Alguém que me faz - Por Naiane Feitoza


Sim, ele continua onde o deixei.
Naquele mesmo lugar de sempre e acho que se eu não for lá para cutucá-lo, ele não virá até mim.
As vezes me irrita pensar que tudo depende de mim. TUDO.
Pegá-lo, usá-lo, possuí-lo, devorá-lo. Ele nunca faz nada ao contrário. Por mais que eu peça.
Já gastei rios de dinheiro com ele. Já me embelezei para sairmos juntos. Já até bebi com ele e nada acontece.
Eu to falando que não consigo me livrar dele.
Já tentei explicar que sou uma chata que só o usa a hora que quer. Já falei que tenho historias de amor com os outros. Mas ele nunca me escuta. Se contenta só de sentir meus dedos em sua pele. Ouvir minhas gargalhadas.
Já chorei por ele. Já ri com ele. Já briguei e acordei de TPM por causa dele.
(Leia mais).

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Título de Utilidade Pública ao CIEE é aprovado na CMM


Foi aprovado por unanimidade durante a manhã de hoje, o projeto de lei nº 076/2011 que declara título de Utilidade Pública para o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE).
A lei, de autoria do vereador Luizinho (PT) foi aprovada por todos os vereadores que parabenizaram o parlamentar pela iniciativa. Mais de 200 estudantes estiveram presentes no plenário da Câmara Municipal de Macapá para aguardar a votação.
De acordo com Luizinho, o CIEE já inseriu mais de 8000 jovens no mercado de trabalho como estagiários e mais de 700 como menores aprendizes é de extrema importância para o crescimento profissional do jovem no Amapá.
O CIEE é um órgão sem fins lucrativos que existe no Brasil há 47 anos e no Amapá, há 11 anos e tem como objetivo de promover ações que contribuam para a empregabilidade e cidadania dos jovens estudantes, visando a inclusão no mercado de trabalho.
“Titular como utilidade pública um órgão como o CIEE é de extrema importância tanto para o órgão, quanto para os próprios jovens. A partir desse momento, pode-se buscar mais convênios para que mais jovens possam atuar como menores aprendizes e estagiários”, afirmou o vereador.
Agora, resta o Prefeito de Macapá, Roberto Góes sancionar a lei e publicá-la em Diário Oficial para que o título de Utilidade Pública seja concedido ao CIEE.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Câmara vota título de Utilidade Pública para o Lírio dos Vales


Vereadores votam em Reunião Ordinária, nesta quinta-feira (27), às 9 horas, no Plenário da Câmara Municipal de Macapá, o Projeto de Lei nº. 066/2011-CMM, de autoria do Vereador Rilton Amanajás (PSDB), que declara título de Utilidade Pública para o Centro de Recuperação Antidrogas – Lírio dos Vales.
O reconhecimento de Utilidade Pública serve como garantia de seriedade da organização, que quase sempre precisa captar recursos do executivo municipal, estadual ou federal, para realizar suas ações e também garantir a participação de convênios estatais. 
O Centro de Recuperação Lírio dos Vales é uma Organização Não Governamental (ONG), que desenvolve suas atividades desde outubro de 2007, e tem como objetivo atender homens que apresentam quadro de dependência alcoólica e/ou química. 
Esta ONG promove campanhas educativas e ações sociais com o objetivo de orientar as famílias dos internos, fazendo pesquisas voltadas ao desenvolvimento de tecnologia alternativa no tratamento da dependência, capacitam e qualificam internos, defende os direitos de pessoas viciadas em drogas e proporciona alternativa de vida saudável para aqueles que procuram assistência social da mesma. 
Lírio dos Vales não possui fins lucrativos, sendo mantida pelos membros da diretoria, voluntários e doadores que se envolve direta ou indiretamente nas ações da casa de recuperação.
Rilton Amanajás destaca que se não houver uma união de forças para combater o problema das drogas a situação poderá ficar insustentável. “Lamentavelmente vemos muitas famílias sofrendo por causa de pessoas que se envolveram nesse submundo. Sem falar na enorme quantidade de jovens que teriam um grande futuro pela frente, mas estão destruindo as próprias vidas por terem se entregado às drogas”, lamenta o vereador e ressalta a importância da aprovação do Projeto para resgatar e ressocializar o cidadão na sociedade. 

terça-feira, 25 de outubro de 2011

X ENCONTRO MACRONORTE EM HIV/AIDS E HEPATITES VIRAIS OCORRERÁ EM MACAPÁ


Através da articulação da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/AIDS no Amapá (RNP+AP), ocorrerá em Macapá, no período de 26 a 28 de outubro o X Encontro MACRONORTE em HIV/AIDS e Hepatites Virais, a MACRONORTE é um encontro voltado exclusivamente a participação dos Coordenadores Estaduais e Municipais de HIV/AIDS e Hepatites Virais de toda região norte do Brasil, tendo ainda como participantes membros  da RNP+ (Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/AIDS), além de entidades previamente inscritas e os Coordenadores dos Fóruns de ONG/AIDS dos sete Estados da região.
Entre os temas que serão discutidos em pauta estão: a integração das Hepatites Virais ao Departamento Nacional de DST/ AIDS, aspectos epidemiológicos e situação programática, gestão/financiamento, prevenção e rede de serviços e os temas mais esperados pelas RNP+Amapá serão debatidos no último dia do evento, quando as ONG’S de todos os Estados, RNP+ AP, AM, PA, RO e outras entidades terão espaço para discutir em conjunto com os Coordenadores melhorias na execução ações voltadas as políticas públicas de prevenção das DST’S, HIV/AIDS e Hepatites Virais, além das ações de prevenção voltadas as regiões de fronteira.
Estará presente o Diretor-Adjunto do Departamento Nacional de DST/AIDS acompanhado de sua equipe de técnicos que participarão dos debates.
O Presidente da RNP+ AMAPÁ, Fabio Araújo espera que o evento seja bastante concorrido entre as entidades participantes, pois o papel das entidades é exercer o Controle Social junto aos órgãos públicos constituídos, tendo pleno direito através das legislações criadas pelo Governo Federal, “o que falta para a população é o saber, buscar conhecimentos, para que saibam lutar por seus direitos, temos tanta legislação na área da saúde a nosso favor, porém pouco é divulgado, lutar pelos direitos dos mais vulneráveis, exercer o Controle Social, monitorar as ações do Governo, seja Federal, Estadual ou Municipal, realizar ações de prevenção, visando diminuir as DST’S, HIV/AIDS e Hepatites Virais é o nosso papel. O evento conta com o apoio da RNP+ AMAPÁ, Secretaria de Saúde do Estado e do município de Macapá, CVS/AP, Coordenações Estadual e Municipal de Macapá em DST/AIDS e Hepatites Virais.


Assessoria de Comunicação RNP+AP

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Com mais de 30 (Tulipa Ruiz)

Tulipa Ruiz, essa cantora, compositora e desenhista, com uma voz incrível. Quem me apresentou essa artista foi Leidiane Vaz. Valeu a pena escutar sua música e sua interpretação. Este poste é para apresentar às pessoas que da nova geração do MPB. Abaixo segue a música de Marcos Valle, Com Mais de 30, interpretado por Tulipa Ruiz.


Com mais de 30
Marcos Valle

Não confie em ninguém com mais de trinta anos
Não confie em ninguém com mais de trinta cruzeiros
O professor tem mais de trinta conselhos
Mas ele tem mais de trinta, oh mais de trinta
Oh mais de trinta
Não confie em ninguém com mais de trinta ternos
Não acredite em ninguém com mais de trinta vestidos
O diretor quer mais de trinta minutos
Pra dirigir sua vida, a sua vida
A sua vida
Eu meço a vida nas coisas que eu faço
E nas coisas que eu sonho e não faço
Eu me desloco no tempo e no espaço
Passo a passo, faço mais um traço Faço mais um passo, traço a traço
Sou prisioneiro do ar poluído
O artigo trinta eu conheço de ouvido
Eu me desloco no tempo e no espaço
Na fumaça um mundo novo faço Faço um novo mundo na fumaça
Não confie em ninguém...

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Levemente Louca, por Cléverson Baía.


Cléverson Baía canta Levemente Louca. Vale a pena conferir o vídeo. E nesta quarta-feira (19), Cléverson defender a música Preces, louvores e batuques no festival da Assembleia Legislativa às 19h em frente à mesma na av. Fab.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Rita Hayworht , uma diva dos anos 40


Nada melhor que conversar com os amigos. Hoje tive uma feliz conversa com um amigo, que prefiro reservar o nome, e na pauta do dia teve vários assuntos como: música, cultura e cinema. E na despedida da conversa, ele disse: “até logo Rita Heyworht”
Para os que mão sabe, Rita Hayworht foi a diva dos anos 40 (nome original era Margarita Carmen Cansino). Encantou o mundo com o seu carisma, beleza e sua dança. Acho que um dos motivos do meu querido amigo fazer essa deliciosa comparação, pois numa noite de luar, eu dancei com ele, e, ele tentou dançar comigo (Tadinho! Tentou dá alguns passinhos).
Hayworht era filha de um dono de cassino com uma dançarina irlandesa. Desde muito pequena, Margarita começou a trabalhar na companhia familiar "The Dancing Cansino". Depois seu pai montaria uma academia de baile em Hollywood, uma vez que trabalhava como coreógrafo na Fox. Margarita chamou a atenção de um produtor da Fox e estreou em 1935 em papéis menores, até que se casou com o milionário Edward Judson. Hayworht foi casa 5 vezes.
Com direção de Charles Vidor, o filme foi lançado nos EUA em 1946, com Glenn Ford fazendo o papel de Johnny Farrell, gerente de um clube noturno em Buenos Aires, que reconhece em Gilda, mulher de seu amigo, um amor do passado. Foi o terceiro de sete filmes em que Rita atuou com Glenn Ford.
Rita casou-se cinco vezes: a primeira com Edward C. Judson (1937- 1942); a segunda com Orson Welles (1943-1948), com quem teve uma filha, Rebecca; a terceira com o príncipe Aly Khan (1949-1953), com quem teve princesa Yasmin Aga Khan; a quarta com o cantor Dick Haymes (1953-1955), e a última com James Hill (1958-1961). Todos seus casamentos terminaram em divórcio. Considerada por muitos a mulher mais bonita da história do cinema, a despeito de Greta Garbo e Marilyn Monroe, a atriz definia seu insucesso no amor com a seguinte frase, que resiste à passagem do tempo: "A maioria dos homens se apaixona por Gilda, mas acorda comigo".
Morreu na casa de sua filha, Yasmin, em Nova Iorque, aos sessenta e nove anos, vítima do mal de Alzheimer, do qual padecia desde a década de 1960, mas que só foi diagnosticado em 1980. Está sepultada no Cemitério de Holy Cross em Culver City, California. (Wikipédia, 2012).

Meu amigo ao fazer a comparação disse que sou uma grata surpresa. Então perguntei por que a Rita Hayworht? Ele me respondeu assim: bonita, despojada, inteligente, autêntica, metida, boçal e muiiito gostosa.
Fazer o quê? Eu ri. Quem dera se eu fosse Rita. 

sábado, 15 de outubro de 2011

Convivência Fatal (Martha Medeiros)


As razões pelas quais um relacionamento começa costuma ser as mesmas pelas quais ele termina. Não estou sendo original, muitos intelectuais já escreveram sobre isso, mas a gente continua achando que duas pessoas se unem e se separam por motivos grandiosos. Unem-se por causa de um amor avassalador e afastam-se por causa de uma briga avassaladora. Não é bem assim.  

A atração se dá por pequenos detalhes. O jeito dela sorrir que cria uma covinha do lado esquerdo do rosto. O jeito dele usar o boné virado para trás. A maneira de como ela se despede no telefone. A maneira como ele toca no cabelo dela. O fato de eles gostarem os mesmos filmes e odiarem a mesma música. A penugem loira do braço dela. A tatuagem no ombro dele. O jeito carinhoso sela com as amigas. Os poemas sensíveis que ele escreve. Pequenos retalhos de uma colcha que vai sendo costurada durante todo o relacionamento. Até que um dia fica pronta, aquece por um tempo e aí começa a esfriar.
Infidelidade, brigas e espancamentos costumam acelerar o fim, mas não são os verdadeiros culpados pela derrocada da relação.  São apenas conseqüências radicais daqueles pequenos desgastes que vão minando, em silêncio, a rotina doméstica. Ele não suporta a mania que ela tem de debulhar o milho no prato. Ela não suporta a mania dele ficar zapeando o controle remoto sem parar em canal algum. Ele acha ridícula a maneira de como ela amarra o cadarço do tênis. Ela detesta quando ele conjuga o verbo errado. Ele acha o perfume dela enjoativo. Ela acha  que ele escova os dentes com displicência. Ela não agüenta o ronco de urso dele. Ele queria que ela parasse de fumar. Ela queria que ele parasse de chegar atraso. Eles queriam mágica: que seus parceiros virassem outra pessoa, mantendo-se eles mesmo.
Solução? Se eu tivesse uma, não estaria aqui. Estaria rica. 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Criação de regiões metropolitanas obedece apenas aos interesses e às motivações dos estados



Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil


Um estudo pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que a criação de regiões metropolitanas no país, atualmente, obedece exclusivamente aos interesses e às motivações dos estados, já que não há legislação específica, em âmbito federal, que oriente e regule a questão.

De acordo com a pesquisa, o fenômeno denominado metropolização institucional se intensificou a partir da segunda metade dos anos 90. Isso porque, com a promulgação da Constituição Federal de 1988, a criação das regiões metropolitanas deixou de ser feita pela União e passou a ser competência dos estados.

Atualmente, o país conta com 37 regiões metropolitanas e três regiões integradas de desenvolvimento, totalizando 482 municípios e o Distrito Federal. Em 1973, o país contabilizava oito regiões metropolitanas, que somavam 113 municípios.

“Para além das disputas e tensões políticas locais ou regionais, a motivação para a criação de regiões metropolitanas atrela-se à possibilidade de se ter acesso privilegiado a recursos da União, em função da compreensão amplamente difundida que associa regiões metropolitanas ao intenso processo de urbanização”, destaca o documento.

Segundo o Ipea, o quadro institucional da gestão metropolitana no Brasil é marcado pela diversidade – as regiões metropolitanas são criadas por meio de práticas e motivações que não guardam, necessariamente, relação com o processo de formação das metrópoles; não refletem, obrigatoriamente, políticas ou estratégias de desenvolvimento territorial; e não se atrelam, necessariamente, à gestão das funções públicas de interesse comum.

Entre os critérios empregados na instituição e na delimitação de regiões metropolitanas, são citados com maior frequência nas constituições estaduais: os indicadores demográficos (volume e ritmo de crescimento populacional e densidade demográfica); a ocorrência ou a tendência à conurbação; a necessidade de organização, planejamento e execução das funções públicas de interesse comum; e as atividades econômicas regionais e seu grau de integração.

A pesquisa indica, entretanto, que há um entendimento menos heterogêneo entre os estados de que o saneamento básico, o uso do solo, o transporte público e o sistema viário constituem funções públicas de interesse comum em regiões metropolitanas.

O Ipea destacou ainda que o intenso processo de metropolização institucional não foi acompanhado pela criação de sistemas de gestão metropolitana. Santa Catarina é citado como o estado brasileiro que concentra o maior número de regiões metropolitanas do país, mas não possui uma legislação que trate, especificamente, da instituição do sistema de gestão metropolitana.

Apenas as constituições do Acre, do AMAPÁ, de Roraima e do Tocantins não tratam, de forma explícita, da instituição de regiões metropolitanas, o que, de acordo com o estudo, não configura uma falha legislativa. O AMAPÁ, por exemplo, ao criar a Região Metropolitana de Macapá, em 2003, utilizou a Constituição Federal de 1988 para afirmar seu poder legal de instituir o território, um dos menores em todo o país.

Canto da Amazônia: Analogia

Canto da Amazônia: Analogia: Analogia De: Fernando Canto Ana na vida, na noite, no mar Ana no amor, Ana em mim Ana na vida, Ana na noite Ana no amor, Ana em mim Ana e...

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Equívocos em projeto de escola no Amapá eleva calor a 45 graus


Agência Estado
O governo do Amapá decidiu construir quatro novos prédios de uma vez em 2008. Um deles, no bairro Marco Zero, local cruzado pela linha do equador e atração turística da cidade, ajudaria a diminuir a falta de vagas nos bairros alagados e pobres do entorno. Os prédios começaram em setembro daquele a um custo de R$ 4,5 milhões e até agora apenas um está pronto. E já com defeito.
O projeto da Escola Estadual Nanci Nina Costa não levou em conta as altas temperaturas de Macapá, que ultrapassam os 35 graus. Alunos e professores convivem em classes onde a sensação térmica vai de 43 a 45 graus. O erro de projeto só foi descoberto quando os 2.200 alunos passaram a se amontoar e a passar mal com o calor, em turmas de 45 a 50 crianças por sala.

"Quem fez o projeto foi a Secretaria de Infraestrutura e nós só executamos. Era preciso haver janelas cruzadas, que permitissem ao vento circular entre as classes. Também seria necessários equipamentos para climatização das salas, que não foram instalados. O pior é que as outras três escolas ainda não concluídas foram feitas com projetos iguais", resume o construtor Ubiracildo Macedo, dono da Elos Engenharia, responsável pela obra. (Leia mais)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Quem escreveu a Bíblia?


por José Francisco Botelho/2008



Em algum lugar do Oriente Médio, por volta do século 10 a.C., uma pessoa decidiu escrever um livro. Pegou uma pena, nanquim e folhas de papiro (uma planta importada do Egito) e começou a contar uma história mágica, diferente de tudo o que já havia sido escrito. Era tão forte, mas tão forte, que virou uma obsessão. Durante os 1 000 anos seguintes, outras pessoas continuariam reescrevendo, rasurando e compilando aquele texto, que viria a se tornar o maior best seller de todos os tempos: a Bíblia. Ela apresentou uma teoria para o surgimento do homem, trouxe os fundamentos do judaísmo e do cristianismo, influenciou o surgimento do islã, mudou a história da arte – sem a Bíblia, não existiriam os afrescos de Michelangelo nem os quadros de Leonardo da Vinci – e nos legou noções básicas da vida moderna, como os direitos humanos e o livre-arbítrio. Mas quem escreveu, afinal, o livro mais importante que a humanidade já viu? Quem eram e o que pensavam essas pessoas? Como criaram o enredo, e quem ditou a voz e o estilo de Deus? O que está na Bíblia deve ser levado ao pé da letra, o que até hoje provoca conflitos armados? A resposta tradicional você já conhece: segundo a tradição judaico-cristã, o autor da Bíblia é o próprio Todo-Poderoso. E ponto final. Mas a verdade é um pouco mais complexa que isso.

A própria Igreja admite que a revelação divina só veio até nós por meio de mãos humanas. A palavra do Senhor é sagrada, mas foi escrita por reles mortais. Como não sobraram vestígios nem evidências concretas da maioria deles, a chave para encontrá-los está na própria Bíblia. Mas ela não é um simples livro: imagine as Escrituras como uma biblioteca inteira, que guarda textos montados pelo tempo, pela história e pela fé. Aliás, o termo “Bíblia”, que usamos no singular, vem do plural grego ta biblia ta hagia – “os livros sagrados”. A tradição religiosa sempre sustentou que cada livro bíblico foi escrito por um autor claramente identificável. Os 5 primeiros livros do Antigo Testamento (que no judaísmo se chamam Torá e no catolicismo Pentateuco) teriam sido escritos pelo profeta Moisés por volta de 1200 a.C. Os Salmos seriam obra do rei Davi, o autor de Juízes seria o profeta Samuel, e assim por diante. Hoje, a maioria dos estudiosos acredita que os livros sagrados foram um trabalho coletivo. E há uma boa explicação para isso.

As histórias da Bíblia derivam de lendas surgidas na chamada Terra de Canaã, que hoje corresponde a Líbano, Palestina, Israel e pedaços da Jordânia, do Egito e da Síria. Durante séculos acreditou-se que Canaã fora dominada pelos hebreus. Mas descobertas recentes da arqueologia revelam que, na maior parte do tempo, Canaã não foi um Estado, mas uma terra sem fronteiras habitada por diversos povos – os hebreus eram apenas uma entre muitas tribos que andavam por ali. Por isso, sua cultura e seus escritos foram fortemente influenciadas por vizinhos como os cananeus, que viviam ali desde o ano 5000 a.C. E eles não foram os únicos a influenciar as histórias do livro sagrado.

As raízes da árvore bíblica também remontam aos sumérios, antigos habitantes do atual Iraque, que no 3o milênio a.C. escreveram a Epopéia de Gilgamesh. Essa história, protagonizada pelo semideus Gilgamesh, menciona uma enchente que devasta o mundo (e da qual algumas pessoas se salvam construindo um barco). Notou semelhanças com a Bíblia e seus textos sobre o dilúvio, a arca de Noé, o fato de Cristo ser humano e divino ao mesmo tempo? Não é mera coincidência. “A Bíblia era uma obra aberta, com influências de muitas culturas”, afirma o especialista em história antiga Anderson Zalewsky Vargas, da UFRGS.

Foi entre os séculos 10 e 9 a.C. que os escritores hebreus começaram a colocar essa sopa multicultural no papel. Isso aconteceu após o reinado de Davi, que teria unificado as tribos hebraicas num pequeno e frágil reino por volta do ano 1000 a.C. A primeira versão das Escrituras foi redigida nessa época e corresponde à maior parte do que hoje são o Gênesis e o Êxodo. Nesses livros, o tema principal é a relação passional (e às vezes conflituosa) entre Deus e os homens. Só que, logo no começo da Beeblia, já existiu uma divergência sobre o papel do homem e do Senhor na história toda. Isso porque o personagem principal, Deus, é tratado por dois nomes diferentes.

Em alguns trechos ele é chamado pelo nome próprio, Yahweh – traduzido em português como Javé ou Jeová. É um tratamento informal, como se o autor fosse íntimo de Deus. Em outros pontos, o Todo-Poderoso é chamado de Elohim, um título respeitoso e distante (que pode ser traduzido simplesmente como “Deus”). Como se explica isso? Para os fundamentalistas, não tem conversa: Moisés escreveu tudo sozinho e usou os dois nomes simplesmente porque quis. Só que um trecho desse texto narra a morte do próprio Moisés. Isso indica que ele não é o único autor. Os historiadores e a maioria dos religiosos aceitam outra teoria: esses textos tiveram pelo menos outros dois editores.

Acredita-se que os trechos que falam de Javé sejam os mais antigos, escritos numa época em que a religiosidade era menos formal. Eles contêm uma passagem reveladora: antes da criação do mundo, “Yahweh não derramara chuva sobre a terra, e nem havia homem para lavrar o solo”. Essa frase, “não havia homem para lavrar o solo”, indica que, na primeira versão da Bíblia, o homem não era apenas mais uma criação de Deus – ele desempenha um papel ativo e fundamental na história toda. “Nesse relato, o homem é co-criador do mundo”, diz o teólogo Humberto Gonçalves, do Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos, no Rio Grande do Sul.

Pelo nome que usa para se referir a Deus (Javé), o autor desses trechos foi apelidado de Javista. Já o outro autor, que teria vivido por volta de 850 a.C., é apelidado de Eloísta. Mais sisudo e religioso, ele compôs uma narrativa bastante diferente. Ao contrário do Deus-Javé, que fez o mundo num único dia, o Deus-Elohim levou 6 (e descansou no 7o). Nessa história, a criação é um ato exclusivo de Deus, e o homem surge apenas no 6o dia, junto aos animais.

Tempos mais tarde, os dois relatos foram misturados por editores anônimos – e a narrativa do Eloísta, mais comportada, foi parar no início das Escrituras. Começando por aquela frase incrivelmente simples e poderosa, notória até entre quem nunca leu a Bíblia: “E, no início, Deus criou o céu e a terra...”

Em 589 a.C., Jerusalém foi arrasada pelos babilônios, e grande parte da população foi aprisionada e levada para o atual Iraque. Décadas depois, os hebreus foram libertados por Ciro, senhor do Império Persa – um conquistador “esclarecido”, que tinha tolerância religiosa. Aos poucos, os hebreus retornaram a Canaã – mas com sua fé transformada. Agora os sacerdotes judaicos rejeitavam o politeísmo e diziam que Javé era o único e absoluto deus do Universo. “O monoteísmo pode ter surgido pelo contato com os persas – a religião deles, o masdeísmo, pregava a existência de um deus bondoso, Ahura Mazda, em constante combate contra um deus maligno, Arimã. Essa noção se reflete até na idéia cristã de um combate entre Deus e o Diabo”, afirma Zalewsky, da UFRGS.

A versão final do Pentateuco surgiu por volta de 389 a.C. Nessa época, um religioso chamado Esdras liderou um grupo de sacerdotes que mudaram radicalmente o judaísmo – a começar por suas escrituras. Eles editaram os livros anteriores e escreveram a maior parte dos livros Deuteronômio, Números, Levítico e também um dos pontos altos da Bíblia: os 10 Mandamentos. Além de afirmar o monoteísmo sem sombra de dúvidas (“amarás a Deus acima de todas as coisas” é o primeiro mandamento), a reforma conduzida por Esdras impunha leis religiosas bem rígidas, como a proibição do casamento entre hebreus e não-hebreus. Algumas das leis encontradas no Levítico se assemelham à ética moderna dos direitos humanos: “Se um estrangeiro vier morar convosco, não o maltrates. Ama-o como se fosse um de vós”.

Outras passagens, no entanto, descrevem um Senhor belicoso, vingativo e sanguinário, que ordena o extermínio de cidades inteiras – mulheres e crianças incluídas. “Se a religião prega a compaixão, por que os textos sagrados têm tanto ódio?”, pergunta a historiadora americana Karen Armstrong, autora de um novo e provocativo estudo sobre a Bíblia. Para os especialistas, a violência do Antigo Testamento é fruto dos séculos de guerras com os assírios e os babilônios. Os autores do livro sagrado foram influenciados por essa atmosfera de ódio, e daí surgiram as histórias em que Deus se mostra bastante violento e até cruel. Os redatores da Bíblia estavam extravasando sua angústia.

Por volta do ano 200 a.C., o cânone (conjunto de livros sagrados) hebraico já estava finalizado e começou a se alastrar pelo Oriente Médio. A primeira tradução completa do Antigo Testamento é dessa época. Ela foi feita a mando do rei Ptolomeu 2o em Alexandria, no Egito, grande centro cultural da época. Segundo uma lenda, essa tradução (de hebraico para grego) foi realizada por 72 sábios judeus. Por isso, o texto é conhecido como Septuaginta. Além da tradução grega, também surgiram versões do Antigo Testamento no idioma aramaico – que era uma espécie de língua franca do Oriente Médio naquela época.

Dois séculos mais tarde, a Bíblia em aramaico estava bombando: ela era a mais lida na Judéia, na Samária e na Galiléia (províncias que formam os atuais territórios de Israel e da Palestina). Foi aí que um jovem judeu, grande personagem desta história, começou a se destacar. Como Sócrates, Buda e outros pensadores que mudaram o mundo, Jesus de Nazaré nada deixou por escrito – os primeiros textos sobre ele foram produzidos décadas após sua morte.

E o cristianismo já nasceu perseguido: por se recusarem a cultuar os deuses oficiais, os cristãos eram considerados subversivos pelo Império Romano, que dominava boa parte do Oriente Médio desde o século 1 a.C. Foi nesse clima de medo que os cristãos passaram a colocar no papel as histórias de Jesus, que circulavam em aramaico e também em coiné – um dialeto grego falado pelos mais pobres. “Os cristãos queriam compreender suas origens e debater seus problemas de identidade”, diz o teólogo Paulo Nogueira, da Universidade Metodista de São Paulo. Para fazer isso, criaram um novo gênero literário: o evangelho. Esse termo, que vem do grego evangélion (“boa-nova”), é um tipo de narrativa religiosa contando os milagres, os ensinamentos e a vida do Messias.

A maioria dos evangelhos escritos nos séculos 1 e 2 desapareceu. Naquela época, um “livro” era um amontoado de papiros avulsos, enrolados em forma de pergaminho, podendo ser facilmente extraviados e perdidos. Mas alguns evangelhos foram copiados e recopiados à mão, por membros da Igreja. Até que, por volta do século 4, tomaram o formato de códice – um conjunto de folhas de couro encadernadas, ancestral do livro moderno. O problema é que, a essa altura do campeonato, gerações e gerações de copiadores já haviam introduzido alterações nos textos originais – seja por descuido, seja de propósito. “Muitos erros foram feitos nas cópias, erros que às vezes mudaram o sentido dos textos. Em certos casos, tais erros foram também propositais, de acordo com a teologia do escrivão”, afirma o padre e teólogo Luigi Schiavo, da Universidade Católica de Goiás. Quer ver um exemplo?

Sabe aquela famosa cena em que Jesus salva uma adúltera prestes a ser apedrejada? De acordo com especialistas, esse trecho foi inserido no Evangelho de João por algum escriba, por volta do século 3. Isso porque, na época, o cristianismo estava cortando seu cordão umbilical com o judaísmo. E apedrejar adúlteras é uma das leis que os sacerdotes-escritores judeus haviam colocado no Pentateuco. A introdução da cena em que Jesus salva a adúltera passa a idéia de que os ensinamentos de Cristo haviam superado a Torá – e, portanto, os cristãos já não precisavam respeitar ao pé da letra todos os ensinamentos judeus.

A julgar pelo último livro da Bíblia cristã, o Apocalipse (que descreve o fim do mundo), o receio de ter suas narrativas “editadas” era comum entre os autores do Novo Testamento. No versículo 18, lê-se uma terrível ameaça: “Se alguém fizer acréscimos às páginas deste livro, Deus o castigará com as pragas descritas aqui”. Essa ameaça reflete bem o clima dos primeiros séculos do cristianismo: uma verdadeira baderna teológica, com montes de seitas defendendo idéias diferentes sobre Deus e o Messias. A seita dos docetas, por exemplo, acreditava que Jesus não teve um corpo físico. Ele seria um espírito, e sua crucificação e morte não passariam – literalmente – de ilusão de ótica. Já os ebionistas acreditavam que Jesus não nascera Filho de Deus, mas fora adotado, já adulto, pelo Senhor. A primeira tentativa de organizar esse caos das Escrituras ocorreu por volta de 142 – e o responsável não foi um clérigo, mas um rico comerciante de navios chamado Marcião.

A Bíblia segundo Marcião
Ele nasceu na atual Turquia, foi para Roma, converteu-se ao cristianismo, virou um teólogo influente e resolveu montar sua própria seleção de textos sagrados. A Bíblia de Marcião era bem diferente da que conhecemos hoje. Isso porque ele simpatizava com uma seita cristã hoje desaparecida, o gnosticismo. Para os gnósticos, o Deus do Velho Testamento não era o mesmo que enviara Jesus – na verdade, as duas divindades seriam inimigas mortais. O Deus hebraico era monstruoso e sanguinário, e controlava apenas o mundo material. Já o universo espiritual seria dominado por um Deus bondoso, o pai de Jesus. A Bíblia editada por Marcião continha apenas o Evangelho de João, 11 cartas de Paulo e nenhuma página do Velho Testamento. Se as idéias de Marcião tivessem triunfado, hoje as histórias de Adão e Eva no paraíso, a arca de Noé e a travessia do mar Vermelho não fariam parte da cultura ocidental. Mas, por volta de 170, o gnosticismo foi declarado proibido pelas autoridades eclesiásticas, e o primeiro editor da Bíblia cristã acabou excomungado.
Roma, até então pior inimiga dos cristãos, ia se rendendo à nova fé. Em 313, o imperador romano Constantino se aliou à Igreja. Ele pretendia usar a força crescente da nova religião para fortalecer seu império. Para isso, no entanto, precisava de uma fé una e sólida. A pressão de Constantino levou os mais influentes bispos cristãos a se reunirem no Concílio de Nicéia, em 325, para colocar ordem na casa de Deus. Ali, surgiu o cânone do cristianismo – a lista oficial de livros que, segundo a Igreja, realmente haviam sido inspirados por Deus.
“A escolha também era política. Um grupo afirmou seu poder e autoridade sobre os outros”, diz o padre Luigi. Esse grupo era o dos cristãos apostólicos, que ganharam poder ao se aliar com o Império Romano. Os apostólicos eram, por assim dizer, o “partido do governo”. E por isso definiram o que iria entrar, ou ser eliminado, das Escrituras.
Eles escolheram os evangelhos de Marcos, Mateus, Lucas e João para representar a biografia oficial de Cristo, enquanto as invenções dos docetas, dos ebionistas e de outras seitas foram excluídas, e seus autores declarados hereges. Os textos excluídos do cânone ganharam o nome de “apócrifos” – palavra que vem do grego apocrypha, “o que foi ocultado”. A maioria dos apócrifos se perdeu – afinal de contas, os escribas da Igreja não estavam interessados em recopiá-los para a posteridade. Mas, com o surgimento da arqueologia, no século 19, pedaços desses textos foram encontrados nas areias do Oriente Médio. É o caso de um polêmico texto encontrado em 1886 no Egito. Ele é assinado por uma certa “Maria” que muitos acreditam ser a Madalena, discípula de Jesus, presente em vários trechos do Novo Testamento. O evangelho atribuído a ela é bem feminista: Madalena é descrita como uma figura tão importante quanto Pedro e os outros apóstolos. Nos primórdios do cristianismo, as mulheres eram aceitas no clero – e eram, inclusive, consideradas capazes de fazer profecias. Foi só no século 3 que o sacerdócio virou monopólio masculino, o que explicaria a censura da apóstola e seu testemunho. Aliás, tudo indica que Madalena não foi prostituta – idéia que teria surgido por um erro na interpretação do livro sagrado. No ano 591, o papa Gregório fez um sermão dizendo que Madalena e outra mulher, também citada nas Escrituras e essa sim ex-pecadora, na verdade seriam a mesma pessoa (em 1967, o Vaticano desfez o equívoco, limpando a reputação de Maria).
Na evolução da Bíblia, foram aparecendo vários trechos machistas – e suspeitos. É o caso de uma passagem atribuída ao apóstolo Paulo: “A mulher aprenda (...) com toda a sujeição. Não permito à mulher que ensine, nem que tenha domínio sobre o homem (...) porque Adão foi formado primeiro, e depois Eva”. É provável que Paulo jamais tenha escrito essas palavras – porque, na época em que ele viveu, o cristianismo não pregava a submissão da mulher. Acredita-se que essa parte tenha sido adicionada por algum escriba por volta do século 2.
Após a conversão do imperador Constantino, o eixo do cristianismo se deslocou do Oriente Médio para Roma. Só que, para completar a romanização da fé, faltava um passo: traduzir a palavra de Deus para o latim. A missão coube ao teólogo Eusebius Hyeronimus, que mais tarde viria a ser canonizado com o nome de são Jerônimo. Sob ordens do papa Damaso, ele viajou a Jerusalém em 406 para aprender hebraico e traduzir o Antigo e o Novo Testamento. Não foi nada fácil: o trabalho durou 17 anos.
Daí saiu a Vulgata, a Bíblia latina, que até hoje é o texto oficial da Igreja Católica. Essa é a Bíblia que todo mundo conhece. “A Vulgata foi o alicerce da Igreja no Ocidente”, explica o padre Luigi. Ela é tão influente, mas tão influente, que até seus erros de tradução se tornaram clássicos. Ao traduzir uma passagem do Êxodo que descreve o semblante do profeta Moisés, são Jerônimo escreveu em latim: cornuta esse facies sua, ou seja, “sua face tinha chifres”. Esse detalhe esquisito foi levado a sério por artistas como Michelangelo – sua famosa escultura representando Moisés, hoje exposta no Vaticano, está ornada com dois belos corninhos. Tudo porque Jerônimo tropeçou na palavra hebraica karan, que pode significar tanto “chifre” quanto “raio de luz”. A tradução correta está na Septuaginta: o profeta tinha o rosto iluminado, e não chifrudo. Apesar de erros como esse, a Vulgata reinou absoluta ao longo da Idade Média – durante séculos, não houve outras traduções.
O único jeito de disseminar o livro sagrado era copiá-lo à mão, tarefa realizada pelos monges copistas. Eles raramente saíam dos mosteiros e passavam a vida copiando e catalogando manuscritos antigos. Só que, às vezes, também se metiam a fazer o papel de autores.
Após a queda do Império Romano, grande parte da literatura da Antiguidade grega e romana se perdeu – foi graças ao trabalho dos monges copistas que livros como a Ilíada e a Odisséia chegaram até nós. Mas alguns deles eram meio malandros: costumavam interpolar textos nas Escrituras Sagradas para agradar a reis e imperadores. No século 15, por exemplo, monges espanhóis trocaram o termo “babilônios” por “infiéis” no texto do Antigo Testamento – um truque para atacar os muçulmanos, que disputavam com os espanhóis a posse da península Ibérica.

Escrituras em série
Tudo isso mudou após a invenção da imprensa, em 1455. Agora ninguém mais dependia dos copistas para multiplicar os exemplares da Bíblia. Por isso, o grande foco de mudanças no texto sagrado passou a ser outro: as traduções.Em 1522, o pastor Martinho Lutero usou a imprensa para divulgar em massa sua tradução da Bíblia, que tinha feito direto do hebraico e do grego para o alemão. Era a primeira vez que o texto sagrado era vertido numa língua moderna – e a nova versão trouxe várias mudanças, que provocavam a Igreja (veja quadro na pág. 65). Logo depois um britânico, William Tyndale, ousou traduzir a Bíblia para o inglês. No Novo Testamento, ele traduziu a palavra ecclesia por “congregação”, em vez de “igreja”, o termo preferido pelas traduções católicas. A mudança nessa palavrinha era um desafio ao poder dos papas: como era protestante, Tyndale tinha suas diferenças com a Igreja. Resultado? Ele foi queimado como herege em 1536. Mas até hoje seu trabalho é referência para as versões inglesas do livro sagrado.
A Bíblia chegou ao nosso idioma em 1753 – quando foi publicada sua primeira tradução completa para o português, feita pelo protestante João Ferreira de Almeida. Hoje, a tradução considerada oficial é a feita pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e lançada em 2001. Ela é considerada mais simples e coloquial que as traduções anteriores. De lá para cá, a Bíblia ganhou o mundo e as línguas. Já foi vertida para mais de 300 idiomas e continua um dos livros mais influentes do mundo: todos os anos, são publicadas 11 milhões de cópias do texto integral, e 14 milhões só do Novo Testamento.
Depois de tantos séculos de versões e contra-versões, ainda não há consenso sobre a forma certa de traduzi-la. Alguns buscam traduções mais próximas do sentido e da época original – como as passagens traduzidas do hebraico pelo lingüista David Rosenberg na obra O Livro de J, de 1990. Outros acham que a Bíblia deve ser modernizada para atrair leitores. O lingüista Eugene Nida, que verteu a Bíblia na década de 1960, chegou ao extremo de traduzir a palavra “sestércios”, a antiga moeda romana, por “dólares”. Em 2008, duas versões igualmente ousadas estão agitando as Escrituras: a Green Bible (“Bíblia Verde”, ainda sem versão em português), que destaca 1 000 passagens relacionadas à ecologia – como o momento em que Jó fala sobre os animais –, e a Bible Illuminated (‘Bíblia Iluminada”, em inglês), com design ultramoderno e fotos de celebridades como Nelson Mandela e Angelina Jolie.
A Bíblia se transforma, mas uma coisa não muda: cada pessoa, ou grupo de pessoas, a interpreta de uma maneira diferente – às vezes, com propósitos equivocados. Em pleno século 21, pastores fundamentalistas tentam proibir o ensino da Teoria da Evolução nas escolas dos EUA, sendo que a própria Igreja aceita as teorias de Darwin desde a década de 1950. Líderes como o pastor Jerry Falwell defendem o retorno da escravidão e o apedrejamento de adúlteros, e no Oriente Médio rabinos extremistas usam trechos da Torá para justificar a ocupação de terras árabes. Por quê? Porque está na Bíblia, dizem os radicais. Não é nada disso. Hoje, os principais estudiosos afirmam que a Bíblia não deve ser lida como um manual de regras literais – e sim como o relato da jornada, tortuosa e cheia de percalços, do ser humano em busca de Deus. Porque esse é, afinal, o verdadeiro sentido dessa árvore de histórias regada há 3 mil anos por centenas de mãos, cabeças e corações humanos: a crença num sentido transcendente da existência.

Curiosidades da Bíblia



por José Francisco Botelho



Top 5 pragas
I. Quando os hebreus eram escravos no Egito, o Senhor enviou 10 pragas contra os opressores do povo escolhido. A primeira delas foi transformar toda a água do país em sangue (Êxodo 7:21).
II. Como o faraó não libertava os hebreus, o Senhor radicalizou: matou, numa só noite, todos os primogênitos do Egito. “E houve grande clamor no país, pois não havia casa onde não houvesse um morto” (Êxodo 12:30).
III. Desgostoso com os pecados de Sodoma e Gomorra, Deus destruiu as duas cidades com uma chuvarada de fogo e enxofre (Gênesis 19:24).
IV. Para punir as deso­bediências do rei Davi, o Senhor enviou uma doença não identificada, que matou 70 mil homens e 200 mil mulheres e crianças (2 Samuel, 24: 1-13).
V. Quando a nação dos filisteus roubou a arca da Aliança, onde estavam guardados os 10 Mandamentos, o Senhor os castigou com um surto de hemorróidas letais. “Os intestinos lhes saíam para fora e apodreciam” (1 Samuel 5:9) .

Os possíveis autores
1200 a.C. - Moisés
Segundo uma lenda judaica, a Torá (obra precursora da Bíblia) teria sido escrita por ele. Mas há controvérsias, pois existe um trecho da Torá que diz: “Moisés morreu e foi sepultado pelo Senhor próximo a Fegor”. Ora, se Moisés é o autor do texto, como ele poderia ter relatado a própria morte?
1000 a.C. - Javista
Viveu na corte do rei Davi, no antigo reino de Israel, e era um aristocrata. Ou, quem sabe, uma aristocrata: para o crítico Harold Bloom, Javista era mulher. Isso porque os personagens femininos da Bíblia (Eva e Sara, por exemplo) são muito mais elaborados que os masculinos.
Século 4 a.C. - Esdras
Líder religioso que reformou o judaísmo e possível editor do Pentateuco (5 primeiros livros da Bíblia). Vários trechos bíblicos editados por ele pregam a violência: “Derrubareis todos os altares dos povos que ides expropriar, queimareis as casas, e mudareis os nomes desses lugares”.
Século 1 - Paulo
Nunca viu Cristo pessoalmente, mas foi o primeiro a escrever sobre ele. Nascido na Turquia, Paulo viajou e fundou igrejas pelo Oriente Médio. Ele escrevia cartas para essas igrejas, contando a incrível aventura de um tal Jesus – que foi crucificado e ressuscitou.
Século 1 - Maria Madalena
Estava entre os discípulos favoritos de Jesus – e, diferentemente do que o Vaticano sustentou durante séculos, nunca foi prostituta. Pelo contrário: tinha influência no cristianismo e é a suposta autora do Apócrifo de Maria, um livro em que fala sobre sua relação pessoal com Jesus e divulga os ensinamentos dele.
Século 1 - João
Escreveu o 4o evangelho do Novo Testamento (João) e o Livro do Apocalipse, o último da Bíblia. Para ele, Jesus não é apenas um messias – é um ser sobrenatural, a própria encarnação de Deus. Essa interpretação mística marca a ruptura definitiva entre judaísmo e fé cristã.
Século 5 - Jerônimo
Nascido no território da atual Hungria, este padre foi enviado a Jerusalém com uma missão importantíssima: traduzir a Bíblia do grego para o latim. Cometeu alguns erros, como dizer que o profeta Moisés tinha chifres (uma confusão com a palavra hebraica karan, que na verdade significa “raio de luz”).
Século 16 - William Tyndale
Possuir trechos da Bíblia em qualquer idioma que não fosse o latim era crime. O professor Tyndale não quis nem saber, traduziu tudo para o inglês, e acabou na fogueira. Mas seu trabalho foi incrivelmente influente: é a base da chamada “Bíblia do Rei James”, até hoje a tradução mais lida nos países de língua inglesa.

Top 5 matanças
I. Um grupo de meninos malcriados zombou da calvície do profeta Eliseu. Pra quê! Na hora, dois ursos famintos saíram de um bosque e comeram as crianças (2 Reis 2:24).
II. Cercado por um exército de filisteus, o herói Sansão apanhou a mandíbula de um jumento morto. Usando o osso como arma, ele massacrou mil inimigos (Juízes, 15:16).
III. O profeta Elias convidou os sacerdotes do deus Baal para uma competição de orações. Era uma armadilha: Elias incitou o povo, que linchou os pagãos (1 Reis 18:40).
VI. Os judeus haviam perdido a fé e começaram a adorar um bezerro de ouro. Moisés ficou furioso e mandou sacerdotes levitas matar 3 mil infiéis (Êxodo 32:19).
V. A nação dos amalequitas disputava o território de Canaã com os judeus. O Senhor ordena que todos os amalequitas sejam chacinados (1 Samuel 15:18).

Top 5 satanagens
I. Após a destruição de Sodoma, os únicos sobreviventes eram Ló e suas duas filhas. As filhas de Lot embebedaram o pai e tiveram com ele a noite mais incestuosa da Bíblia (Gênesis 19:31).
II. O Cântico dos Cânticos, atribuído ao rei Salomão, é altamente erótico. Um dos trechos: “Teu corpo é como a palmeira, e teus seios, como cachos de uvas” (Cânticos 7:7).
III. Os anjos do Senhor tiveram chamegos ilícitos com mulheres mortais. “Vendo os Filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram-nas como mulheres, tantas quanto desejaram” (Gênesis 6:2).
IV. A Bíblia diz que os antigos egípcios eram muito bem-dotados. Após a fuga para Canaã, a judia Ooliba tem saudades dos tempos em que se prostituía no Egito. Tudo porque “seus amantes (...) ejaculavam como cavalos” (Ezequiel 23:20).
V. O hebreu Onã casou com a viúva de seu irmão, mas não conseguia fazer sexo com ela – preferia o prazer solitário. Do nome dele vem o termo “onanismo”, que significa masturbação (Gênesis 38:9).

As história da história
Como o livro sagrado evoluiu ao longo dos tempos
Tanach - Século 5 a.C.
É a Bíblia judaica, e tem 3 livros: Torá (palavra hebraica que significa “lei”), Nebiim (“profetas”) e Ketuvim (“escritos”). É parecida com a Bíblia atual, pois os católicos copiaram seus escritos. Contém as sementes do monoteísmo e da ética religiosa, mas também pregações de violência. A primeira das bíblias tem trechos ambíguos e misteriosos – algumas passagens dão a entender que Javé não é o único deus do Universo.
Septuaginta - Século 3 a.C.
O Oriente Médio era dominado pelos gregos e pelos macedônios. Muitos judeus viviam em cidades de cultura grega, como Alexandria, e desejavam adaptar sua religião aos novos tempos. Diz a lenda que Ptolomeu, rei do Egito, reuniu um grupo de 72 sábios judeus para traduzir a Tanach – e fizeram tudo em 72 dias. Por isso, o resultado é conhecido como Septuaginta. Inclui textos que não constam da Tanach.
Novo Testamento - Século 1
A língua do Antigo Testamento é o hebraico, mas o Novo Testamento foi escrito num dialeto grego chamado coiné. Contém os relatos sobre vida, milagres, morte e ressurreição de Jesus – os evangelhos. Em alguns trechos, vai deixando evidente a divergência entre cristianismo e judaísmo. É o caso, por exemplo, do Evangelho de João, em que Jesus é descrito como uma encarnação de Deus (coisa na qual os judeus não acreditavam).
Católica - Século 4
Seus autores decidiram incluir 7 livros que os judeus não reconheciam. São os chamados Deuterocanônicos: Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, Baruque, Macabeus 1 e 2 (mais trechos dos livros Daniel e Ester). A Bíblia católica bate na tecla do monoteísmo: a palavra hebraica Elohim, usada na Tanach para designar a divindade, é o plural de El, um deus cananeu. Mas foi traduzida no singular e virou “Senhor”.
Ortodoxa - Por volta do século 4
É baseada na Septuaginta, mas também inclui livros considerados apócrifos por católicos e protestantes: Esdras 1, Macabeus 3 e 4 e o Salmo 151. A tradução é mais exata (nesta Bíblia, Moisés nunca teve chifres, um erro de tradução introduzido pela Bíblia latina), e os escritos não são levados ao pé da letra: para os ortodoxos, o que conta são as interpretações do texto bíblico, feitas por teólogos ao longo dos séculos.
Protestante - Século 16
Ao traduzir a Bíblia para o alemão, Martinho Lutero excluiu os livros Deuterocanônicos e mudou algumas coisas. Um exemplo é a palavra grega metanoia, que na Bíblia católica significa “fazer penitência” – uma referência à confissão dos pecados, um dos sacramentos católicos. Já Lutero traduziu metanoia como “reviravolta”. Para ele, confessar os pecados era inútil. O importante era transformar a vida pela fé.

Top 5 milagres
I. O maior de todos os milagres divinos foi o primeiro: a Criação do mundo, pelo poder da palavra. “E Deus disse: que haja luz. E houve luz” (Gênesis 1:3).
II. Para dar-lhe uma amostra de seus poderes, o Senhor leva Ezequiel a um campo cheio de esqueletos – e os traz de volta à vida. “O vento do Senhor soprou neles, e viveram” (Ezequiel, 37; 1-28).
III. Graças à benção divina, o herói Sansão tinha a força de muitos homens. Certa vez, foi atacado por um leão. “O espírito do Senhor deu-lhe poder, e Sansão destroçou a fera com as próprias mãos, como se matasse um cabrito” (Juízes 14:6).
IV. Josué liderava uma batalha contra os amalequitas, mas o Sol estava se pondo. Como não queria lutar no escuro, o hebreu pediu ajuda divina – e o Sol ficou no céu (Josué 10:13).
V. Para fugir do Egito, os hebreus precisavam atravessar o mar Vermelho. E não tinham navios. Moisés ergueu seu bastão e as águas do mar se dividiram. Após a passagem dos hebreus, o profeta deixou que as ondas se fechassem sobre os exércitos do faraó (Êxodo 14; 21-30).

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Deu no Estadão: Aumento autoriza deputados do Amapá a gastar até sete vezes mais que federais


Em junho deste ano, dez meses depois da Operação mãos Limpas da Polícia Federal, a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Amapá aumentou a verba indenizatória paga a deputados estaduais para R$ 100 mil mensais. Usada para bancar gastos gerais de deputados, como despesas de aluguel, consultoria e transporte, a verba é, disparada, a maior do Brasil, quase sete vezes maior do que os R$ 15 mil pagos aos deputados federais e quase três vezes mais que os R$ 39 mil da segunda da lista, a Assembleia Legislativa de Alagoas.
Como se não bastasse o excesso - caso façam uso de toda verba, os 24 deputados estaduais amapaenses irão gastar R$ 26,4 milhões por ano -, o presidente da Casa, deputado Moisés Souza (PSC), e o primeiro secretário, Edinho Duarte (PP), que comandaram a mudança, estão entre os principais acusados no inquérito das Operações Mãos Limpas de criar esquemas paralelos de fabricar notas frias para desviar verbas públicas e justificar falas despesas. 

domingo, 9 de outubro de 2011

Sou fã da Nossa Senhora de Nazaré


Já vi acontecer tudo nessa vida. Gente que segue uma romaria num sol escaldante de joelho até gente chutando a imagem da Nossa Senhora.
Compreendo que nesse mundo há religiões, pessoas e idéias diferentes. Se tudo fosse igual seria muito sem graça. Mas o que muita gente tá esquecendo nos tempos atuais e respeitar a individualidade e a diferença do próximo.
Observo o nascimento de novas religiões. Observo também nascimento de novos fiéis, que com suas idéias retrógadas, ainda atiram pedras naqueles que não concordam com sua escolha religiosa, esses são chamados os fanáticos. Eles estão por todos os lugares.
Até onde estamos certos ou errados?
O que nos compete em observar é a palavra de Jesus, que um dos seus principais ensinamentos listou o “amor o próximo”. Se somos filhos de um pai celestial, pra quê ficar julgando e descriminando os outros irmãos?
E muitos dizem hoje: Eu sou crente; aquele fulano é crente. O que é ser crente?
Quem é crente é porque crer. Isso Basta. Se não sou crente, logo sou ateu.
Realmente? Religião não é coisa para se discutir.
Já me emocionei com muita coisa besta nessa vida. Mas a emoção do Círio de Nazaré não tem igual.
Lembro da primeira vez que participei de um Círio, em Belém. Nunca vou esquecer. Fui acompanhada do meu falecido pai. Ele chorava de emoção.
É engraçado como a fé das pessoas nos contagia. Achei maravilhoso ver a devoção de uma santa. É de arrepiar.
Tinha um amigo que era mulçumano. Depois de ter visto o Círio de Nazaré em Belém, não queria mais faltar em nenhum outro círio. O mulçumano descreveu o Círio assim: é a coisa mais linda que já vi na vida. De fato é.
O natal dos paraenses nos contagia.
Como é bom estarmos na companhia do Senhor. Como é bom ter Maria como nossa mãezinha, nossa intercessora. O Círio de Nazaré é uma festa muito bonita, festa da alegria, é a festa de amor a Jesus e amor a Virgem Maria.
Feliz Círio para todos.
É o desejo dessa humilde blogueira para todos os leitores. 

sábado, 8 de outubro de 2011

Fraudes no Amapá já desviaram pelo menos R$ 1 bilhão


Inquérito descreve envolvimento de integrantes dos três Poderes estaduais, do Tribunal de Contas e da Prefeitura de Macapá em esquema

O esquema de ataque aos cofres públicos instalados nas instituições públicas do Amapá desviou pelo menos R$ 1 bilhão nos últimos dez anos e continua funcionando nos dias de hoje. Os números e as conclusões são do inquérito final da Operação Mãos Limpas da Polícia Federal, desencadeada em setembro de 2010. As investigações, os documentos, vídeos, fotos e escutas foram analisados por policiais e peritos ao longo deste ano e mandados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

As mais de 2 toneladas de material apreendidas mostram irregularidades grosseiras, com indícios de crimes que revelam um ambiente de impunidade, no qual políticos, autoridades e empresários não pareciam se importar em deixar rastros. São desde saques milionários e mensais de verba pública tirados na boca do caixa a superfaturamentos em todos os contratos analisados do governo estadual e da Prefeitura de Macapá. (Leia mais).

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Após 3 anos de lei, o Amapá ainda não incorpora piso salarial aos professores


Sancionada pelo então presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva em julho de 2008, a lei 11.738, que estabelece o piso nacional para os professores da educação básica, ainda não é cumprida em seis Estados brasileiros. Após a contestação da constitucionalidade da lei por governadores, o Supremo Tribunal Federal (STF) publicou acórdão em agosto deste ano confirmando a validade do piso como vencimento básico. Apesar disso, para os professores de Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás, Maranhão, Pará e AMAPÁ, receber o mínimo de R$ 1.187 ainda parece ser uma realidade distante.
Falta de recursos. De acordo com o MEC, Estados e municípios podem pedir uma verba complementar para estender o piso nacional a todos os professores. Para conseguir o dinheiro, é preciso comprovar que aplica 25% da arrecadação em educação, como prevê a Constituição Federal, e que o pagamento do piso desequilibra as contas públicas. Embora a portaria que aprova a complementação dos recursos tenha sido publicada em março, até o final de setembro nenhum Estado ou município havia cumprido com todos os requisitos para receber o dinheiro.
No Amapá, que paga R$ 1.032 para os professores que trabalham 40 horas, não há previsão de quando o piso deve ser alcançado. Segundo a secretaria de Educação, a meta é incorporar a regência de classe (benefício de 100% pago aos professores que trabalham em sala de aula) ao salário.


Amapá
R$ 1.032 (40h)
Situação: faltam R$ 155 para atingir o piso


Como atingir o piso: O governo diz que trabalha para cumprir o piso. A meta é incorporar a regência de classe (benefício de 100% pago aos professores que trabalham em sala de aula) ao salário.


(Notícias do Portal Terra)

Um dia já fui modelo da Betral!


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Pesquisa aponta falhas em órgãos de controle externo e comissões parlamentares de investigação, incluindo o Amapá


Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Tribunais de Contas, assembleias legislativas e comissões parlamentares de inquérito, entre outros, não funcionam a contento no país, de acordo com o pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Bruno Speck. Ele é um dos coordenadores do estudo Sistemas de Integridade dos Estados Brasileiros, divulgado ontem (4) em parceria com o Instituto Ethos.
Segundo Speck, no caso específico dos tribunais de Contas, o problema é a dependência extrema deles em relação ao poder político local. A pesquisa analisou o grau de independência política dos conselheiros e apontou, por exemplo, que nem sempre se cumpre o preceito de que duas das sete vagas sejam preenchidas por pessoas do próprio quadro técnico.
Acre, Alagoas, Mato Grosso, Sergipe e São Paulo não tiveram nenhuma das vagas preenchidas dentro dos padrões constitucionais, enquanto AMAPÁ, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Roraima e Rio Grande do Sul cumpriram parcialmente a norma. No Tribunal de Contas do Amazonas, não foi possível coletar informações sobre o cumprimento da meta.
Já em relação às assembleias legislativas, a conclusão do estudo é que a oposição acaba por sucumbir ao que Speck se referiu como “poder de atração” da base do governo. O cenário, de acordo com o pesquisador, compromete a capacidade da instituição de exercer sua função de fiscalizadora do Poder Executivo.
“Esse talvez seja o ponto mais difícil de ser corrigido por reformas institucionais”, avaliou o pesquisador. Em oito das 27 unidades da Federação, a coalizão que venceu as eleições para governar obteve maioria também na Assembleia Legislativa. Após a formação do governo, o número aumentou para 21 estados – em sete deles, a oposição foi reduzida a menos de 30%; em dois, a menos de 20%; e em outros dois, a menos de 10%.
De acordo com o estudo, em apenas dez estados, os deputados chegaram a abrir comissões parlamentares de inquérito (CPIs) com o objetivo de investigar irregularidades na administração ou no governo local. Em 22 assembleias legislativas, há um limite para o número de CPIs abertas concomitantemente. No Distrito Federal, Piauí e Tocantins, por exemplo, o teto é de apenas duas CPIs simultâneas.
Outro problema identificado pelos pesquisadores inclui dados coletados nas áreas de saúde e educação. Nessas setores, modalidades menos competitivas de contratação – como dispensa e inexigibilidade de licitação – são responsáveis, em média, por 57% do volume de contratações dos estados. No Pará, em Minas Gerais, no Espírito Santo e em São Paulo, o quadro é ainda mais preocupante, com taxas de dispensa e inexigibilidade de licitação de 61%, 62%, 67% e 75%, respectivamente.
O estudo identificou ainda que, embora 85% dos órgãos estaduais de controle interno tenham sites próprios ou vinculados ao portal do governo, apenas 52% disponibilizam relatórios de atividade. No Distrito Federal, em Minas Gerais, no Piauí e em Roraima, os dados estavam defasados em mais de um mês.
“A transparência orçamentária não é só uma exigência da sociedade, mas uma exigência de lei. Muitos estados ainda não cumprem a lei. Nesse caso, é mais fácil as organizações civis cobrarem e denunciarem o não cumprimento aos órgãos competentes”, assinalou Speck.

Edição: João Carlos Rodrigues

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Oração de São Francisco - Cantada por Fagner.


Minha homenagem a São Francisco de Assis. 
Linda Oração.

Amapá tem risco muito alto de epidemia da dengue



Uma nova epidemia de dengue, de grandes proporções, pode chegar com o próximo verão. Segundo relatório do Ministério da Saúde 2010-2011 aponta os estados com risco muito alto da doença: Rio de Janeiro, Amazonas, AMAPÁ, Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Bahia. Onde há risco alto são os estados do Pará, Mato Grosso, Tocantins, Minas, Espírito Santo, São Paulo e Paraná.
A principal causa que espalha o mosquito Aedes Aegypti  é a falta de cuidado da população. Outro motivo é que esses lugares onde há risco é a temperatura quente destes Estados.
Para o próximo verão, as previsões de uma epidemia de grandes proporções são assustadoras. O vírus do tipo 1 voltou depois de 20 anos. No início deste ano, apareceu pela primeira vez o do tipo 4.
“Todo verão há risco de ocorrer epidemia. Em saúde pública, o melhor é sempre se preparar para o pior, ou seja, estar sempre prevenido, com médicos treinados e todas ações ocorrendo para que a gente não tenha surpresas no verão”, afirma Jarbas Barbosa, representante do Ministério da Saúde.
Para a dengue se transformar em epidemia, é preciso a conjunção de três fatores: calor, água e a infestação do Aedes aegypti.  Como a maior proliferação do mosquito acontece ao redor e dentro das casas, é fundamental a participação de todos para evitar a epidemia de dengue. Como o combate é urgente, todas as informações sobre focos do mosquito são concentradas em uma central. Para reduzir a aprovável epidemia, todos os estados têm de intensificar os cuidados.
Informações Bom Dia Brasil

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Passe Livre (Hall Pass)


Gente. Sério. É pra chorar de ri. Eu indico o Filme Passe Livre (Hall Pass)
Os amigos Rick e Fred (Owen Wilson e Jason Sudeikis) estão inquietos e cansados da rotina do casamento. Tudo muda quando suas esposas (Jenna Fischer e Christina Applegate) tentam uma abordagem ousada e oferecem um “passe livre”: uma semana de total liberdade para que os dois façam o que quiserem, livres das obrigações do matrimônio. Inicialmente parece que um sonho se torna realidade para Rick e Fred, mas eles rapidamente descobrem que seus conceitos sobre a atual vida de solteiro estão completamente fora de sincronia com a realidade.
Elenco: Owen Wilson, Jason Sudeikis, Jenna Fischer, Christina Applegate, Alyssa Milano, Richard Jenkins, Stephen Merchant, Vanessa Angel.

Direção: Bobby Farrelly e Peter Farrelly
Gênero: Comédia
Duração: 105 min.
Distribuidora: Warner Bros.
Estreia: 11 de Março de 2011
Sinopse: 'Passe Livre' (Hall Pass) é a nova comédia dos irmãos Farrelly (Quem Vai Ficar com Mary?; Débi e Lóide).

PARA OS HOMENS QUE RECLAMAM MUITO!!!!

As coisas deveriam funcionar assim:
Cada vez que um homem reclamasse de fazer a barba,
ganharia inteiramente grátis uma depilação com cera quente na virilha.
Mas, virilha completa!
Como bônus ele ainda poderia escolher outra parte do corpo para ser depilada,
sejam as pernas, o buço ou as axilas.
Em caso de reclamação, o macho participante da promoção ganharia uma semana de menstruação com direito a todos os opcionais de fábrica: sete dias de sangramento + cólicas + dores no corpo + irritação + sensibilidade extrema.
Uma festa de hormônios para o deleite do reclamão!!
Na terceira reclamação do barbudo fresco,completar-se- ia a Cartela Premiada Ouro: Com três estrelinhas, ele teria direito a um parto normal incluindo os nove meses de gestação, dores na coluna, enjôos, dificuldade para andar, muitos quilos a mais e, na reta final, fortes contrações, dilatação de dez centímetros na genitália, um corte para facilitar a saída do bebê e a própria saída do bebê cabeçudo e que tem ombros!
Mas não é só isso!!!!!!!! !
Depois do parto, do cansaço e do esforço o ganhador da promoção ainda teria direito a ter a criancinha sugando seus mamilos com bastante força no incrível e mágico momento da amamentação!

CONCLUSÃO:
Sexo forte?
Aonde?????

Faltou aí , usar calcinha minuscula, entrando no rêgo e apertada, mais soutien com aro bem apertado e salto bem alto e fininho por horas de pé...
E por fim, o PLUS: acordar cedo, preparar café, correr e trabalhar o dia todo, passar na academia, fazer compras no supermercado, dar uma passadinha no salão, cuidar da "logística"da casa, pegar as crianças, dar atenção as crianças, preparar o jantar, estudar, arrumar material de trabalho para o dia seguinte, tomar banho e quando deitar estar prontinha para o maridão como se tivesse passado o dia no spa!!!! É brincadeira????

E AINDA ASSIM OS HOMENS INSISTEM EM DIZER QUE AS MULHERES SÃO FRESCAS....CAMBADA!
(Autora desconhecida)

domingo, 2 de outubro de 2011

O Amapá no Caldeirão do Huck

Em uma competição chamada Torre Copos, realizada no Programa Caldeirão do Huck, durante a tarde de sábado (01.10), o Amapá foi destaque nacional.
Com o tempo de 11 segundos e 31 centésimos, o adolescente Jean Carlos, de 13 anos, é o atual Rei dos Copos. Ele desbancou os adversários  Salomão Gonçalves, de Santa Catarina, e Gabriel Passos, do Espírito Santo.
A segunda eliminatória será disputada no próximo sábado (8) e mais três participantes serão sorteados e terão a chance de tomar seu lugar e sua maleta com o prêmio de 50 mil reais. Cada competidor tem direito a três rodadas, sendo que apenas a de melhor tempo é que vale. Acompanhe este emocionante campeonato. E vamos torcer para o Jean!

sábado, 1 de outubro de 2011

Fluminense 3 x 2 Santos - Tricolor festeja aos 50 minutos do 2.º tempo!

“Ao, ao, ao... o Muricy é amarelão”, foram os gritos da torcida do Tricolor

Marquinho comemorando o gol de virada do Flusão.
Volta Redonda, RJ, 01 (AFI) – O Fluminense mostrou que está afim de lutar pela vaga na Copa Libertadores da América de 2012. Na noite deste sábado, o Tricolor venceu o Santos, por 3 a 2, de virada, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, pela 27.ª rodada do Campeonato Brasileiro. Neymar abriu o placar para o Peixe, mas Marquinho e Rafael Sobis viraram. Rentería voltou a empatar, mas aos 50 minutos Márcio Rosário garantiu mais três pontos aos cariocas.

Após a virada, a torcida do Fluminense passou a pegar no pé de Muricy Ramalho, técnico campeão brasileiro com o Tricolor na temporada passada. “Ao, ao, ao... o Muricy é amarelão”, foram com esses gritos que a torcida atormentou o atual comandante do Peixe. O Fluminense, agora, soma 44 pontos e segue na quinta colocação. Por outro lado, o Santos permanece com 35 pontos e ocupa a 11.ª posição, mas ainda soma dois jogos a menos que os rivais.

O Show da Torcida Paraense


Emocionante a atitude da torcida vale a pena ver e rever,parabéns aos moradores de Belém que deram um show. Os paraenses mostraram pro mundo que tem tradição no futebol. A CBF deve tá arrependida por não colocar Belém no rota da Copa do Mundo. 

O Som do Coração

Hoje assisti ao filme “O Som do Coração”. Eu recomendo pela poesia que o filme representa, pela musicalidade e por causa da própria história. Nada se faz de o amor. Vale apena separa um pouco do tempo e acompanhar essa história deliciosa e delicada. Segue baixo a sinopse:

August Rush (Freddie Highmore) é resultado de um encontro casual entre um guitarrista e uma violoncelista. Crescido em orfanato e dotado de um dom musical impressionante, ele se apresenta nas ruas de Nova York ao lado do divertido Wizard (Robin Williams). Contando apenas com seu talento musical, August decide usá-lo para tentar reencontrar seus pais.
Título original: (August Rush)
Lançamento: 2007 (EUA)
Direção: Kirsten Sheridan
Atores: Freddie Highmore, Keri Russell, Robin Williams, Leon G. Thomas III.
Duração: 100 min
Gênero: Drama
Status: Arquivado