quarta-feira, 6 de março de 2013

PMM começa a se adequar às leis ambientais e continua buscando alternativas para os carapirás


Por Aline Brito
Foto divulgação PMM
Obedecendo a Lei nº 12.305/10 da Política Nacional de resíduos Sólidos, a Prefeitura de Macapá está se adequando às exigências da legislação. A primeira medida foi a implantação de uma nova célula, o chamada Aterro Sanitário, que já está em uso desde janeiro. Nele são despejados diariamente 250 toneladas de lixo, que até ano passado eram colocados no aterro controlado. A mudança no tratamento do lixo doméstico insere Macapá entre as cidades que estão de acordo com a legislação da política nacional de resíduos sólido.
O secretário Municipal de Manutenção Urbanística (Semur), José Mont’alverne, explica que o funcionamento do aterro sanitário é um avanço, mas a Prefeitura de Macapá está trabalhando para resolver outra situação que atinge diretamente as 72 famílias de catadores de lixo.
“A legislação proíbe a presença de catadores no aterro sanitário, a alternativa foi a uma parceria com as empresas que trabalham com coleta e tratamento do lixo”, disse o secretário. A Clean e Rumus abriram 35 vagas com carteira assinada, destas, somente quatro foram preenchidas.
Uma segunda alternativa foi a decisão para que, a cada seis caminhões coletores, dois despejariam o lixo em uma área específica para que os carapirás pudessem fazer a seleção.  “A chuva às vezes impede a entrada de caminhões na área de seleção, mas estamos buscando novas alternativas para ajudar essas famílias. Não podemos contrariar a legislação, assim como não podemos deixar essas famílias desamparadas”, afirma o secretário José Mont’alverne. Estes trabalhadores separam principalmente material plástico, que são os mais utilizados na reciclagem.
Técnicos da PMM e de outras instituições públicas e de cunho social têm reunido com catadores para que compreendam a necessidade do aterro sanitário. José Gomes da Silva diz que entende a instalação do aterro sanitário, explica o porquê não aceitou o emprego, mas afirma ter confiança nas decisões do prefeito Clécio Luís.
“O emprego de carteira assinada é bom, mas não aceitei porque aqui eu faço meu horário, não tenho patrão, e consigo ganhar mais do que contratado. Mas acredito no prefeito, e ele vai nos ajudar a melhorar a nossa coleta seletiva”, afirma José. Ele tem 65 anos, e há 20 trabalha como carapirá.

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